Arquivo mensal: junho 2008

PH

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Confesso que hoje não é o meu melhor dia. Mas, na tentativa de me animar, comecei a pensar nas coisas mais gostosas da vida e resolvi escrever sobre a coisinha mais gostosa que existe e que me alegra no ato. É batata! E que você pode morder o quanto quiser que não engorda. Que você pode falar como uma ridícula que ninguém ri. Aliás, todo mundo age assim, te entende e compartilha dos mesmos espasmos de idiotices. Você pode apertar à vontade que não estraga, nem quebra, nem amassa. Só reclama, às vezes.

 

Sei que mulheres não resistem a essas pequenas delícias da vida. Nenhuma mulher consegue reprimir um risinho quando vê um bebê gorducho olhando pro nada e mexendo as mãozinhas minúsculas sem objetivo nenhum. E aquelas que se mantêm sérias e centradas diante da presença deles são duramente recriminadas pelas outras. Em minha opinião, com razão.

 

Se você não teve um bom dia, não hesite em abrir uma daquelas mensagens enviadas por correntes com uma apresentação de ppt. com milhões de bebês em diversas situações. Impossível não sentir uma pontinha de alegria. Mas por que isso? Porque perdemos a razão quando temos nas mãos um ser humaninho?

 

Eu sou suspeita para falar. Fico louca com meu priminho. Desde que ele nasceu já acho ele o bebê mais gostoso do universo. Ele é tão lindo que passo muitos minutos só olhando ele fazer nada. E não percebo o tempo passar. Preciso me policiar… senão viro visita chata para os pais, sabe?! Portanto, nunca esqueço o relógio quando vou dar um oi pro pequeno Pedro Henrique. Além do mais, e esse nome? Adoro.

 

Mas existem algumas coisas que eu não entendo:

  • Como uma mão pode ser tão pequena, mas mesmo assim ter tantas dobras?
  • Como um toquinho daquele pode babar tanto?
  • Por que ele fica tão feliz com qualquer coisa que a gente dá pra ele? Porém, desvia facilmente seus encantos e atenção de algo muito legal, como um mordedor novo que a prima deu para uma chave de casa fria e sem graça só porque foi o papai que ofereceu?
  • Por que a gente não pára de imitar os gestos novos que ele fez e os sons que ele insiste em repetir?
  • Por que consegue despertar o sentimento de tranqüilidade e serenidade e ingenuidade em qualquer um?

 

 

 Te mordo meu gordo macio.

 

E se eu contar pra vcs que sábado ele começa a natação? Botinho liso e escorregadio. Não é de matar/morrer?

 

Por May.

A bola fora da GOL

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Queria não ter que estar escrevendo este post. Tinha até pensado em outro. Mas como tudo nessa vida é imprevisível, cá estou eu contando quão frustrada foi minha tentativa de visitar minha casa.

 

Desde o Carnaval que não durmo na minha cama, na cama em que costumava sonhar com o menininho que eu gostava no colégio, com o dia que passasse no vestibular, com como seria quando terminasse a facul. Enfim, a cama na minha casa em Campo Grande. Dando uma olhada no site da GOL, há mais ou menos 1 mês e meio, encontrei milagrosamente passagem de ida e volta por míseros 120 reais. Ok. Nem preciso dizer que comprei na hora. Ou melhor, compramos. Fábio, pra quem não conhece, meu namorado, iria comigo.

 

Well… o horário: perfeito. Sairíamos na sexta-feira às 22h07 e voltaríamos na segunda-feira às 03h40, com chegada prevista para 06h55. Tudo certinho. Fomos ao aeroporto de Congonhas sem pegar trânsito nenhum! Felizes da vida. Embarcamos com apenas 15 minutos de atraso. Maravilha! Dormimos um pouquinho depois que passou a tensão da decolagem… O comandante avisa: chegada prevista para as 23h10. Minha mãe estaria esperando desde as 22h30 (e lá continuaria…).

 

Aviso de atar cintos. Pouso autorizado. O piloto me arremete três vezes. Arrematar: quase pousar, mas subir bruscamente. Depois fiquei sabendo, por quem estava aguardando no aeroporto de Cpo Gde, que o avião quase pousou fora da pista. As arrematadas eram pra tentar alguma visibilidade. Eis que o comandante diz: O céu está fechado. Aguardaremos informações da torre de comando para tomarmos uma decisão. Após 15 minutos voando sem compromisso… com o se nada fosse.. o comandante retorna: Céu fechado. Pouca visibilidade. Pousaremos em Goiânia em 45 minutos. Olho pro Fábio e tento dormir de novo. Saco! Chegaremos hiper tarde. Sonho nosso. Se ao menos tivéssemos chegado…

 

A explicação da simpática comissária de bordo foi que pousaríamos em Goiânia (X), abasteceriam a aeronave e retornaríamos a Cpo Gde caso o céu abrisse. Se vcs não sabem, sim, o céu abre e fecha na linguagem aeronáutica. Já convencidos de que chegaríamos bem mais tarde na minha querida casinha, tentamos nos acalmar.

 

Goiânia, 01h30: Pousamos. Por favor, aguardem dentro da aeronave, por favor. Nervosismo aumentando. Por favor, terão que aguardar no saguão do aeroporto (fechado, detalhe) até as 03h, quando sai o relatório da Infraero dizendo se podemos ou não voltar a Campo Grande. Stress. Não vão nos dar água ou algo para comer? O representante da GOL zomba da nossa cara: Vcs podem comer o que quiserem aqui no aeroporto. (Mas as lanchonetes só abrem às 06h).

 

Esperamos até as 03h. Tranqüilo na medida do impossível. Depois disso, o cara me lança que o aeroporto de Cpo Gde não tem previsão para abrir antes das 10h. Ok… ninguém pode com a mamãe natureza. Fazer o que, né? Ir para um hotel esperar. NÃO. A GOL não autorizou irmos para um hotel. Agora me diz: pra que pagamos aquelas taxas nada imperceptíveis de seguro incluídas no valor da passagem? Eu respondo: para quando acontecer esses imprevistos, não ficarmos no saguão do aeroporto sem água e sem o que comer esperando por umas 7h… Foi a deixa para começar o motim: Queremos hotel!!!

 

O peão da GOL que colocaram para conversar com a gente diz que temos a opção de voltar para São Paulo e aguardar outros vôos para Cpo Gde. Ninguém quer. “Já estamos aqui, daqui vamos para Cpo Gde!”. Como se nós fôssemos palhaços, vem uma baixinha da GOL e diz: “Me parece que abriu o céu em Cpo Gde!”. Meu namorado, que é tão bobo quanto paciente, diz: “Eu quero um relatório da Infraero dizendo que abriu o aeroporto em Cpo Gde. Quem nos garante que vcs não vão nos levar para São Paulo como estão querendo?” Sim! Devíamos ter gravado isso. Essa hora já tinha o cara da ANAC junto e tudo mais. Um vuco-vuco geral! LÓGICO que disseram que não tinham tempo hábil para o relatório. Embarcamos. Quando deu umas 05h20 novamente o comandante nos acorda: “Bom dia, tripulação. Não tenho boas notícias… o céu em Cpo Gde continua fechado. Pousaremos em São Paulo às 07h”.

 

AAAAAAAAAAAAAAAA JUUUUURA????

 

Desrespeito com seu cliente. Deveria ser esse o slogan da GOL. Ou talvez: Cliente é tudo palhaço. Ou até mesmo: Voe conosco, seu troxa!

 

Enfim, não fui pra casa. Não dormi de sexta para sábado. Nem na minha caminha em Cpo Gde, nem em nenhuma outra caminha. Passei nervoso mesmo. E não estou muito feliz hoje por isso. Espero ter mais sorte em 18 de julho, pra quando consegui remarcar minha passagem.

 

E ah! Encurtei a história para o post não ficar maior do que já ficou. Afinal, imaginem, saímos de casa às 20h na sexta-feira, voamos um ‘pouquinho’ e retornamos às 08h de sábado. :(

 

 

Por May – torcendo pra alguém da GOL ver esse post. Pq eles acham que estávamos putos com as condições meteorológicas… e não com o atendimento e cuidado que não tiveram com os clientes.

Obsessão astral

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Ela surge como quem não quer nada, em forma de poucas linhas que falam sobre aquele paquera no colégio, suas notas e sua família. Está lá nas páginas finais da Atrevida e da Capricho. Aquela leitura de menos de um minuto é praticamente um ritual. Existe toda uma aura de mistério e excitação. O que será que os astros relevam para esse mês/quinzena? Se você tem uma amiga do mesmo signo então… é a glória! Nada é mais adolescente do que compartilhar a leitura do horóscopo.

 

A primeira vez que você tem contato com aquelas previsões o pensamento predominante é “Ahn??? Como assim ascendente?”. E lá foi você perguntar para aquela amiga entendida de signos. Aquela que diz saber todas as características das doze constelações do Zodíaco, que são representadas por animais. E ela te explica que ascendente corresponde ao signo que estava subindo na linha do horizonte no instante que uma pessoa nasce. É… Agora ficou fácil, não? Então você decide que não quer saber mais dessa história e que isso tudo é papo furado. Mas, no mês seguinte, lá está você querendo saber se o seu mês será melhor que o anterior. E sua amiga expert se tornou uma pessoa muito mais interessante e com informações super úteis pra te passar.

 

Lembra de quando você descobriu que os astros podiam prever se você e seu paquera dariam certo?? Pelo amor! Depois daquilo, nenhuma paquera ia pra frente antes de se descobrir o signo do pretendente. Depois dessa revelação, o horóscopo passou a ser uma obsessão. E por isso que dezembro era um mês tão especial. Festas de fim de ano, espírito natalino, reunião familiar?? Nada disso. A ansiedade para chegar logo o último mês do ano era por conta dos suplementos com as previsões para o próximo ano. DOZE MESES! Ali na sua mão! Estavam todas as coisas que poderiam te acontecer, mês a mês. Em fevereiro você conheceria a sua paixão de verão (difícil acontecer no carnaval, né?). Em maio, cuidado com a saúde (a variação climática não tinha nada a ver com isso…). Em agosto, vontade de mudança (seria o segundo semestre começando e a vontade de recuperar as notas no colégio???). Em outubro, ventos de transformação (tipo… verão chegando e você querendo ter um corpinho ok para encarar a praia?).

 

Ah, os astros. Como são sábios. Aí a adolescência passa e você larga as revistas juvenis. Época de vestibular é também o momento em que o jornal e as semanais passam a fazer parte da sua vida, porque, afinal, vestibulando inteligente sabe o que está acontecendo no mundo, no seu país, cidade, bairro. E eis que, naquele seu horário de leitura dos diários, meio sonolenta ainda você avista ele: Quiroga e suas previsões. E como se fosse uma luz divina, o jornal ganha até um novo sentido. Acordar para ler o jornal começa a ter graça! “Ok, eu leio sobre a guerra no Iraque, a alta do petróleo, a crise na economia americana, as falcatruas da política brasileira” (impressão minha ou as notícias são as mesmas desde sempre?). Tudo bem, porque, no final, Quiroga estará lá para me dizer que a vida não é tão ruim assim. Ou até é, mas é culpa dos astros.

 

E um dia desses você descobriu na internet que podia fazer seu mapa astral sem sair de casa! E que ele revelaria o seu ascendente!!! E, quando você se deu conta, já sabia tudo sobre a lua vazia, os perigos de ter Vênus em libra ou o Sol em oposição a Plutão antes de ingressar em Câncer, como lidar com seu chefe ou namorado nas situações de lua crescendo no seu signo ascendente e tudo mais. Tomar decisões em momentos de lua vazia? Jamás! Não se atreva ou você corre o risco de se equivocar. E essa obsessão vira uma excelente desculpa: “desculpa, cliente, acho que não devemos marcar reunião nesse horário. A lua é vazia até às 11:42”; “almoço com os seus pais, amor? Mas justo hoje que Marte está ingressando no seu ascendente e eu tinha planejado um programa especial pra nós dois?” … é, os astros podem te ajudar! Mas se eles não te dizem nada, pelo menos você garante uma boa risada! =]

 

Por Carrô.

 

Sei, mas não sei…

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Sei que é segunda-feira quando a soneca do despertador tem que ser ativada três vezes num intervalo de 27 minutos e fico ansiosa pra acompanhar as reflexões da May durante o fim de semana (se não passamos juntas) pelo post do dia.
Mas nunca sei se conseguirei atualizar o papo sobre as peripécias (ou monotonia) dos dias de folga com meus companheiros de extracorporativos.

Sei que é terça-feira quando a pizzaria já está aberta e uma das motos continua estacionada na esquina.
Mas nunca sei se conseguirei recuperar o sono acumulado ou se a semana ainda pode melhorar.

Sei que é quarta-feira quando a primeira coisa que eu quero fazer quando chego ao trabalho é publicar meu post e deixar a média de 54 e-mails não lidos ainda em negrito na minha caixa de entrada no Outlook.
Mas nunca sei se vou terminar o dia com um post no ar e, pelo menos, metade das pendências resolvidas.

Sei que é quinta-feira quando eu quero muito sair de carro, mas não posso por causa do rodízio. Os bares já ficam apinhados de gente anunciando o fim de semana e não vejo nenhuma moto ociosa em frente à placa “Forno à lenha”.
Mas nunca sei a que horas chegarei em casa porque, aparentemente, o rodízio só vale pra mim e toda a frota de seis milhões de carro da cidade de São Paulo resolveu desfilar por aí por pura provocação.

Sei que é sexta-feira quando pergunto pra Carrô se o texto dela está pronto e recebo uma notificação de que já posso visitar nosso bloguinho. Não seguro o risinho bobo ao pensar na possibilidade de sair mais cedo e pegar aquele cineminha ainda com preço de matinê, seguido de Happy Hour na Paulista ao som das buzinas, à luz da antena da Gazeta, incontáveis chopps e o cheiro da calabresa acebolada impregnado na minha roupa.
Mas nunca sei dizer “Não, não posso” quando, às 15h14, alguém com muito charme me pede algo urgente para segunda-feira e, pela diferença de 37 minutos, eu demoro 1h30 para percorrer o trajeto equivalente a três estações de trem na Marginal (e, claro, perder o horário do filme).

Sei que é sábado quando posso dormir até acordar, arrumar meus CDs em ordem alfabética e organizar as roupas do meu armário por cores e estilos.
Mas nunca sei se conseguirei ver todas as pessoas com quem só me comuniquei por e-mail ou telefone durante a semana e falar mal do emprego, lamentar minha vida amorosa e contar tudo sobre a festa estranha com gente esquisita que rolou no dia anterior.

Sei que é domingo quando bate aquela vontade de ser sexta-feira, 15h14, de novo e eu (aí sim!) dizer: “Não, não posso porque tenho um compromisso inadiável”. Passo o dia procurando uma coisa boa pra ver na televisão e, como sempre, paro no People & Arts pra assistir à maratona “Miami Ink” ou à 476652ª exibição de “Peixe Grande”.
Mas nunca sei se teria ousadia suficiente pra voltar no tempo e mudar a maneira como meu fim de semana começou ou se no dia seguinte conseguirei acordar na segunda vez em que o despertador tocar.

Sei que a semana começa e acaba. Sei que tudo poderia ter sido ser diferente. Sei que poderia ter saído mais cedo, falado menos ou ido a outro bar.
Mas, que danadas as evidências! E, pior que elas, os vícios! Alimentados inconscientemente pelos sete dias da semana…

Ontem, tudo indicava que conseguiria recuperar meu sono acumulado esta noite, mas não foi assim. Agora cruzo meus dedos para que os bons ventos outonais da semana mais fria de 2008 soprem dias melhores. Quarta-feira que vem estou aqui de novo e será fácil perceber se alguma coisa mudou!

Por Má-Má.

“Ê Brasilsão véio”

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Hoje estava vindo pra agência pensando que não tinha idéia do que escreveria no blog… até cogitei a hipótese de escrever sobre pautas frias e tal… que podem ser discutidas qualquer hora… mas senti uma preguiça grande. O busão lotadérrimo em plena 2ª feira. Um trânsito caótico (ok. nenhuma novidade, mas na 2ª feira tudo parece me irritar mais) e um frio absurdo. Mano, me diz que frio é esse! Quando, de repente, um comentário alheio me chama atenção: “Mas o povo brasileiro tá mais preocupado com o próximo capítulo da novela do que com a política. Não perdem a novela, mas nem ligam pros assuntos sérios!”

 

Silêncio. Fugi dos meus pensamentos shit e resolvi prestar atenção no diálogo. Era o motorista conversando com um senhor passageiro. E o descontentamento com os brasileiros continuou a ser debatido.

 

“Esse país de merda só abriga gente vagabunda. Começou com aquele bando de vagabundo que foram descobridos por uns trambiqueiros de primeira.”

 

X. Sim.

Gente vagabunda: nós

Bando de vagabundo: os índios

Descobridos: descobertos

Uns trambiqueiros de primeira: os portugueses

 

Achei mais interessante do que imaginei… mas ainda vinha mais por aí…

 

“Os índios vagabundos, preguiçosos, que só pensam em dormir e beber… daí deu nisso… hoje em dia o Brasil acolhe todos os traficantes do mundo inteiro que são expulsos dos seus próprios países… daí ficam aqui… ferrando com a nossa vida! E quem comanda essa joça são esses bêbados mentirosos que só querem saber de nos roubar”

 

Oi? Há quanto tempo os índios já estão em extinção e representam, segundo dados da Funai, 0,25% (!!!!!!!) da população brasileira? E… ok… o Brasil não é lá essa maravilha de país direito… tem mta zona aqui… mas está longe de abrigar todos – ele disse, todos – os traficantes do mundo. E nem se quisesse… não tem dinheiro para isso. Quanto à última frase do polido motorista, ok, dou o braço a torcer. É isso mesmo.

 

Daí o senhor se manifesta: “Eu nem culpo os índios por isso… eles não têm cultura mesmo…”

 

Ahn? Os índios não têm cultura? (…)

 

O motorista: “Não têm mesmo!!! São um povo sem vergonha, que tiveram ainda o azar de serem colonizados por uns pior ainda… quem dera tivessem sido ‘descobridos’ por americanos… acho que viveríamos melhor hoje em dia”.

 

E esse tal de Estados Unidos, heim?! Puta que pariu como conseguem influenciar até aqueles que nunca estiveram lá… Ou melhor, são esses os que eles conseguem mais. O fato é: o cara tem na cabeça que se fossem os americanos que tivessem nos ‘colonizados’, hoje seríamos tipo Luis Inácio Bush da Silva.

 

Parada Hospital das Clínicas, o senhor se despede com uma lamentação: “É isso ae… fazer o quê, né… vamo levando! Falou aí amigão! Bom trabalho!”

 

Fiquei pensando… até concordo que os brasileiros são um pouco acomodados. Definitivamente não somos um povo revolucionário… mas acredito que isso seja resultado de um histórico muito mais complexo que a origem dos coitados dos índios… que foram perturbados pelos portugueses. Não vou nem dizer que a conversa que ouvi foi um tanto quanto bizarra, mas também não os culpo por pensarem assim. Concordo que a negligência é a principal moradora do nosso querido país. Concordo que a política é irmã da corrupção e da briga por interesses pessoais ($) enquanto deveria existir a luta pelos interesses do povo. Indivíduos frustrados com o país e seus dirigentes são comuns. Eu sou um deles. Desacredito no tamanho da fortuna que 5% da população detêm… e da quantidade de gente que passa fome e trabalha feito camelo por miséria. Mas também tenho certeza que é um país que, se não fosse habitado pela mistura representada pelos brasileiros, seria um inferno. Imagina se franceses vivessem aqui? Ou alemães? Ou belgas? Esse povo fresco… que não sabe viver com diferenças… que não sabe ser feliz diante de tantas dificuldades. Seria pior. Eles não agüentariam o tranco.

 

 

Por May.