Arquivo diário: agosto 29, 2008

A razão dos meus pesadelos.

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Tem uma coisa que vem me tirando o sono no último mês. Não é um problema no trabalho, nem de saúde, muito menos tomei um pé na bunda. Aí você pode pensar que é estresse acumulado, estilo de vida, insônia, ronco alheio ou quiçá as Olimpíadas. Nada disso. O problema é que troquei de travesseiro. Não ria, estou falando sério! E toda noite penso na maldita promoção da Etna que me fez comprar logo cinco travesseiros novos (apenas pra matar a curiosidade alheia, não foram todos pra mim. Fiquei tão empolgada que resolvi comprar travesseiros para todos lá de casa)!

É, porque eu achava que o meu antigo travesseiro já estava fazendo hora-extra. E como dizem que depois de um certo tempo de uso metade do peso dos edredons, bichinhos de pelúcia, almofadas e travesseiros é composta de ácaros e seus dejetos, resolvi que era hora de trocá-lo. Então cheguei em casa, abri a embalagem dele (Uma beleza de embalagem, menina! Precisa ver. Certeza que será reutilizada em futura viagem, provando que, de fato, sou da classe média!), coloquei uma fronha nova e esperei ansiosamente a hora de dormir! E ela chegou. Então lá fui eu.

No primeiro encostar de cabeça… “Nossa, que conforto, quanta maciez…”

Na décima virada… “É, ainda preciso acostumar com a nova altura. O outro estava muito velho e meu corpo acostumou errado, né? Vai ser excelente pra coluna!”

Na quinta vez que acordei na mesma noite… “P*ta que o pariu! Que idéia de jirico trocar de travesseiro no meio da semana!! Amanhã eu pego o meu de volta!”

No dia seguinte… “Mãe, cadê meu travesseiro velho?”

“Ih, filha… dei embora. Já temos os novos. São ótimos, né? Adorei!”

A verdade é que todo mundo lá de casa se adaptou rapidamente aos raios dos travesseiros. E eu, a empolgada-mor com a troca, estou a ver navios até hoje! Sim, peguei um outro travesseiro X lá em casa pra quebrar o galho porque até hoje o pescoço e a coluna reclamam quando faço mais uma tentativa frustrada de dormir com ele. Sinto mais é que estou dormindo com o inimigo, viu…

Dia desses descobri que, por conta da utilização freqüente, o travesseiro da minha irmã já está bem mais baixo que o meu! E não tenho vergonha nenhuma em assumir que resolvi fazer uma troca do dela com o meu (mas ela que não me leia por aqui!). Mas travesseiro que se preze não gosta de trocar de dono e o dela não foi diferente. Resolveu que não me deixaria dormir confortavelmente e lá fui eu buscar o exemplar X no meio da noite.

Tudo isso, pessoal, pra dizer que old habits die hard. E enquanto isso a gente sofre. Dessa vez é o travesseiro novo. Mas já foi o começo da faculdade, da mudança de horário do inglês, de um novo emprego. Adaptar-se a tudo que é novo leva um certo tempo e a graça está em você conhecer seu próprio ritmo. Tem coisa, no entanto, que não dá!! E por isso que ontem quando cheguei em casa e fiquei feliz da vida. Eu ganhei um travesseiro novo e esse passou no teste!

Por Carrô.