E-vida

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Um texto do jornal interno da LVBA, onde trabalho, me fez refletir sobre o advento da tecnologia. Conversei com várias pessoas e cheguei a uma conclusão: as opiniões variam de acordo com a idade. Não é ironia minha, não… é fato. A matéria do Café-com-leite, nome do veículo interno da agência, falava sobre a atividade de assessoria de imprensa quando ainda não existia email, nem fax. E sim, as pessoas conseguiam trabalhar. Claro que em uma velocidade, praticidade, agilidade muito inferior e paciência, ansiedade e flexibilidade infinitamente maiores que hoje.

Parei, sem querer, e comecei a analisar meu dia-a-dia (eufemismo pra rotina) e fiquei meio desesperada: O QUE SERIA DE MIM SEM A INTERNET? Acho que sou viciada. Chego no trabalho e o dia não começa antes que o Outlook puxe todas as mensagens (já filtradas, pois todos os dias antes de dormir, checo o email corporativo, respondo alguns emails mais urgentes e deleto os spams). Depois de conferir as tarefas que o Outlook me trouxe, visito todas as redes sociais das quais faço parte para ler as atualizações. Depois, chega a hora de ler os blogs que mais gosto e depois os que não gosto tanto, mas que preciso estar informada para não dar bola fora com os clientes. Se o tempo está apertado (o que é raro de não acontecer), ao invés de pegar os jornais diários na bancada e ressecar a mão, abro os portais de notícias e vou direto ler as editorias que me interessam.

Agora pensa no dia que a internet cai e o servidor demora mais de 2 minutos para corrigir o problema. Pane. Caos. Perturbação. O que farei agora? Não é à toa que quando isso acontece e o Speedy não dá previsão de volta da conexão, todos os funcionários estão ‘liberados’ para irem trabalhar de casa. Afinal, meu trabalho hoje depende completamente da internet e computador, além do telefone E celular (porque tem cliente que não atende chamada de número restrito e quer te encontrar em anywhere any time he/she wants… ¬¬).

E não me refiro apenas ao mundo corporativo, na nossa vida pessoal isso não é diferente. Só por cima, posso citar que o meu email é o veículo por meio do qual me comunico com meus amigos, marco baladas, mato saudades da família, recebo notícias de pessoas que estão muitíssimo longe, recebo trechos de livros para ler diariamente, confiro meu horóscopo, recebo cupons de promoção de n lojas e comprovantes de compras, marco consultas com meu dentista, e guardo alguns arquivos na pasta Rascunhos. E o desespero também toma conta da minha pessoa quando a internet de casa fica fora do ar. Gente. Isso é assustador. Sem falar no celular… que faz parte do nosso corpo. Se saio sem celular, me sinto aleijada (ou nua).

Não é a toa que hoje, qdo queremos enfatizar o sossego e o estar totalmente longe de problemas e perturbações, dizemos: “Vou pra tal lugar e vou desligar celular e ficar sem acesso à internet!” Isso quer dizer que a pessoa estará absurdamente alheia a qualquer coisa.

 

Por May.

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