Tempo, tempo, tempo, mano velho…

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Perdoem a redundância, mas hoje será assim. Há muito tempo quero fazer um post sobre o próprio. É! Ele mesmo, o tempo. Aquele que passa e não volta nunca mais, aquele que parece que nunca vai chegar ou aquele que a gente vive agora, mas que começou há muuuuuito tempo.

Ele é assim, às vezes rebelde, às vezes comportado. Manda e desmanda na nossa vida e é em função dele que vivemos (calma, não estou generalizando. Gosto de falar por mim na primeira pessoa do plural mesmo). Recentemente, participei de uma atividade lá (ou melhor, aqui) no trabalho que me fez parar pra pensar ainda mais no assunto. A proposta era avaliar a produtividade do grupo de pessoas que faz a revista interna da empresa. Para fazer isso, tínhamos que descrever todas as partes do processo de produção da revista e – medo! – dizermos quanto tempo demoramos para realizar cada parte desse processo… em minutos!

Agora imagina: conseguir aprovação de um texto de uma página pode demorar dias! Mas eu tive que transformar em minutos… e, pior que isso, tive que desconsiderar o tempo de espera. É… porque o tempo de espera não é tempo de produção (segundo essa tal metodologia, que foi uma das experiências mais interessantes que tive desde que comecei a trabalhar). Foi aí que eu vi quanto tempo a gente perde esperando e como ele é abstrato e ao mesmo tempo (ops!) tão concreto (e cruel)… porque, para enviar um e-mail com o texto para aprovação, eu calculo uns dois minutos mas até esse texto voltar aprovado vão bem uns 5 ou 7 dias, no mínimo. E nesse meio-tempo, ah, quanta coisa acontece!

Tenho minha vida cronometrada e quando algo ultrapassa o tempo estimado é um transtorno! É o fretado que eu perco, a aula de yoga que fica pra semana que vem, a bronca da chefe, o post que não vai pro Palavra, o sono que não será compensado nem no fim de semana… culpa de quem? Claro, do tempo (prefiro pensar que não é minha)!

O tempo que a gente leva pra fazer as coisas não é o tempo que temos disponível para fazê-las. E como a gente fica? Sem tempo, claro. Sem paciência, sem pique, sem chance de pensar nisso e fazer alguma coisa pra mudar.

Fiquei tão obcecada por isso que comecei a buscar algumas referências que já tivessem discutido o assunto com muito mais competência, profundidade e, nesse caso, melodia, do que eu. E lembrei de muitas músicas que falam do tempo. A primeira que veio foi aquela do Legião que diz “Nem foi tempo perdidooo-ooo-o. Somos tão joooooo-veeeeeens…”. Aí beleza! Ela me trouxe um certo aconchego. Dei um upgrade no gosto musical (perdoem a parcialidade) e lembrei daquela do Lenine “Será que é tempo que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber? A vida não pára…”. Parece que foi uma resposta pra outra! Fiquei aflita. Com a memória shuffle, logo veio outra, aquela do Pato Fu (que aliás, é a frase-título desse post): “Tempo, tempo, tempo mano velho. Tempo amigo seja legal. Conto contigo pela madrugada. Só me derrube no final”.

E é com essa frase que eu fiquei na cabeça! Entre as que lembrei, foi a que mais me deu chance de fazer as pazes com ele. Por isso, conto contigo, tempo! Não só pela madrugada. E só me derrube quando eu tiver todo o tempo do mundo pra ficar derrubada (seja lá o que isso significa).

Por Má-Má.

Uma resposta »

  1. nem me fale nesse tempo. ele acha que é o rei do pedaço, né?!
    só pq é a única coisa que não conseguimos controlar nesse mundo, nem que destruam toda a natureza, nem que se crie a máquina mais fantástica do mundo. o tempo é amigo da morte, acho. eles devem se provocar e dizer algo do tipo: ngm nos detém!!! uahhhhhhahahahaha…
    o tempo faz td como ele quer. tem dias que ele quer correr, tem dias que ele tá preguiçoso. e a gente não pode fazer nada para mudar o humor dele. o jeito é mudar o nosso humor qdo o tempo não está do nosso lado.

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